Breves Apontamentos Sobre o Tráfico de Órgãos em Emergências Humanitárias Renato dos Santos Gama, Patrícia Gorisch
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Resumo
O tráfico de órgãos em emergências humanitárias é um fenômeno que ocorre devido ao aumento da vulnerabilidade das populações afetadas, à desestruturação social e à impunidade, resultando em uma exploração significativa de indivíduos por redes de tráfico que atuam nesses cenários de forma praticamente irrestrita. A hipótese central desta pesquisa é que o tráfico de órgãos se intensifica em emergências humanitárias devido ao aumento da vulnerabilidade das populações afetadas, criando um ambiente propício para a exploração por redes criminosas que operam com pouca ou nenhuma resistência. Diante desse contexto, surgem algumas perguntas disparadoras: Quais são as principais causas que fomentam o tráfico de órgãos em contextos de emergências humanitárias? Como a vulnerabilidade das populações afetadas por desastres naturais ou conflitos armados facilita a atuação de redes de tráfico de órgãos? De que maneira o tráfico de órgãos em emergências humanitárias pode ser mitigado por meio de estratégias mais eficazes de prevenção e resposta humanitária? Com base nessa problemática, o presente estudo tem como objetivo geral analisar a dinâmica do tráfico de órgãos em emergências humanitárias, com o intuito de identificar as causas que facilitam essa prática, os impactos sobre as populações vulneráveis e as lacunas nas medidas de combate adotadas pela comunidade internacional. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa se propõe a investigar os fatores que contribuem para o aumento do tráfico de órgãos em crises humanitárias, como desastres naturais e conflitos armados. Além disso, busca avaliar a eficácia das medidas internacionais existentes para combater o tráfico de órgãos em emergência, propondo estratégias de prevenção e combate que possam ser integradas às respostas humanitárias para a proteção das populações mais vulneráveis. A pesquisa também se propõe a estudar casos específicos de emergências humanitárias recentes, como o terremoto no Haiti e o conflito na Síria, a fim de exemplificar a atuação de redes de tráfico de órgãos nesses contextos e destacar a necessidade de respostas mais robustas e eficazes por parte da comunidade internacional.